segunda-feira, 26 de abril de 2010

A IGREJA DAS LÂMPADAS





A IGREJA DAS LÂMPADAS



Já era noitinha quando uma estrangeira chegou a uma pequena vila européia, ao sul da França. Era uma vila escondida entre as montanhas, bem afastada dos lugares visitados pelos turistas. Assim que ela conseguiu arrumar a bagagem na pequena hospedaria, saiu a dar uma volta pelos arredores. Andou pelas ruas estreitas até que, chegando a uma curva, viu um caminho estreito, porém lindo, que ia dar no alto de uma montanha.

A visitante tomou aquele caminho e chegou a uma pequena capela de paredes cobertas de trepadeiras. A porta aberta, convidava a entrar. A visitante entrou, sentou-se por alguns minutos e se pôs a meditar.

Um sentimento de paz enchia o ambiente e invadia o coração da visitante. Com a cabeça baixa, em oração, ela pensou nas muitas gerações que possivelmente já teriam adorado a Deus naquele mesmo lugar. Sentiu-se, então, ligada àqueles que por ali passaram e adoraram ao Senhor.

Ao levantar a cabeça, notou qualquer coisa diferente atrás de cada banco. Reparando melhor, viu que eram bocais de lâmpadas. Mas não viu lâmpada em lugar algum. Ergueu os olhos para o teto. Lá também não havia lâmpadas. Ficou impressionada, mas não disse nada. Voltou para a hospedaria muito intrigada com o mistério daquela capela sem lâmpadas.

O Sol já ia desaparecendo no horizonte quando ela alcançou a estalagem. Chegando ao quarto, ouviu um rumor de vozes que parecia vir de fora. Correu à janela para ver o que estava acontecendo. E o que ela viu deixou-a mais intrigada: Na praça em frente, muitos homens, mulheres e crianças estavam reunidos e, à medida que tocavam os sinos da capela mais e mais, aquele grupo, silencioso e reverente, tomara o caminho da capela. Cada um levava na mão alguma coisa parecida com uma lâmpada.

A visitante seguiu o grupo. Entraram na capela e baixaram as cabeças em oração. Quando ela levantou a cabeça, sua admiração não teve limites: a Igreja já estava toda iluminada e seus olhos agora podiam ler as palavras escritas no altar: "Vós sois a luz do mundo." A luz dos adoradores, o pregador leu as Escrituras e depois fez uma linda oração: - Ó Tu que és a Luz do mundo, permite que hoje reflitamos o brilho da Tua luz sobre aqueles que nos cercam, e que de tal maneira brilhe a nossa luz diante deles que eles glorifiquem a Ti. Pedimos-Te por amor dAquele que disse: "Vós sois a luz do mundo." "Amém".

Ao sair, a visitante pediu explicação sobre tudo aquilo. Foi então que lhe contaram a seguinte história:

Havia um duque que morava num país distante. Ele tinha 10 filhas, lindas e prendadas. Com tristeza ele consentia no casamento de cada uma delas. Finalmente todas se casaram. Anualmente, por ocasião do Natal, elas vinham visitar o pai.

Passaram-se os anos, e o velho duque começou a pensar no que poderia deixar às filhas como recordação. Depois de pensar muito, resolveu construir uma igreja na qual os homens sentissem realmente o desejo de adorar a Deus. Fez planos e acompanhou com grande interesse a construção.

Um dia, quando a Igreja já estava pronta, o velho duque chamou uma de suas filhas para ver a obra. A jovem ficou encantada com tudo aquilo que estava vendo. Depois de olhar tudo, exclamou: "Mas papai, onde estão as lâmpadas?" O velho duque sorriu misteriosamente e disse: "Aí é que está o segredo; há lugares para colocar lâmpadas, mas estas serão colocadas pelos próprios adoradores, em seus respectivos lugares. Assim, alguns lugares da casa de Deus estarão escuros se os Seus filhos não vierem adorá-Lo no tempo devido."



Estas últimas palavras foram gravadas em pedra e colocadas à entrada da igrejinha. Passaram-se mais de 400 anos, porém, quando os sinos da capela começam a tocar, as pessoas da aldeia são vistas subindo o morro a caminho da capela. Cada um leva na mão a sua lâmpada, pois ninguém quer que o seu cantinho fique às escuras.

– Expositor Cristão.

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